Universitários de
Valencia, Espanha
Na
última segunda-feira, dia 20, por volta das sete da noite, alguns estudantes do
curso de história e geografia da universidade de Valencia, Espanha, saíram às
ruas para protestar. Não passavam de 30; e a polícia que deveria cuidar da
ordem e da segurança dos cidadãos, repreendeu os poucos estudantes com bombas,
pauladas, socos, pontapés. Os meninos e meninas, que queriam apenas protestar,
não tinham nenhuma arma letal nem escudos de proteção; possuíam cadernos e eram
estes cadernos que levantavam como “bandeira”. Do outro lado, os agentes
policiais vestiam protetores acolchoados no peito, nos membros, nos pés e mãos,
e capacetes com viseiras nas cabeças. Eu contei mais de 7 camburões dentro dos
quais brotavam como moscas os policiais que atacavam covardemente os 30 e
poucos estudantes que iniciaram o protesto. Prenderam menores de idade e um
bocado de estudantes atônitos com tamanha violência. Eu estava ali e vi as
cenas com espanto e muito medo. E contra o que protestavam os estudantes de
história e geografia? Contavam que os cortes na área de educação, na Espanha do
partido PP (leia-se franquismo e direita) com o atual presidente iria
trazer prejuízos ao país porque estavam cortando as bolsas de estudos aos
alunos necessitados; também protestavam pela falta de papel higiênico nos
banheiros e pela ausência de calefação nas salas de aula. E por isso apanharam
da polícia...
Felizmente
o tiro saiu pela culatra. Depois desta noite, em todos os dias desta semana que
se acaba, os estudantes do país inteiro têm se manifestado contra a violência
deste governo (tem apenas 2 meses) que já começa assim. E a polícia, que se viu
em maus lençóis com a indignação da população, agora sim exerce seu papel de
cuidar da pessoas sem agredi-las.
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